terça-feira, 9 de novembro de 2010

Partilha da Kelyla do Rio de Janeiro






Olá a todos do FIJ 2010,

            Quando cheguei no II Fórum, me deparei com muitas pessoas diferentes, sotaques, rostos, estilos, mas éramos todos semelhantes, ali. Naquele lugar buscávamos o mesmo Magis porque falávamos a mesma linguagem e estávamos dispostos a fazer muito, por nossas respectivas obras.
            A frase: “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade” foi perfeita, como sendo o carro chefe do fórum, para que sentíssemos o quanto precisamos estar juntos para fazer algo sempre melhor, construir e trabalhar em equipe, estabelecendo redes e pensar que não somos auto-suficientes, que precisamos uns dos outros e a nossa Igreja é “de plural” e não de “singular”. Nela (na Igreja), atuamos em comunidade! Agimos juntos para um bem maior; para que observemos aquilo que é “bom” e aquilo que é o “melhor” – o Magis. E é nessa missão evangelizadora à qual fomos chamados, que eu me sinto atuante. É através dela que Deus me escolheu para estar lá, representando a minha Comunidade.
             Foi muito consolador e de uma alegria imensa estar lá, naquele evento tão importante para discutir questões valiosíssimas para o crescimento das obras jesuítas, pois eu faço parte desse “todo”. E não só participar, mas ter a graça de voltar para a minha realidade, rezar, discernir e colocar em prática tudo aquilo que foi agregado de conhecimento, dentro das possibilidades e do necessário.
            Saí do evento, consolada e me colocando no lugar de atuante e pertencente a esse “sonho que não se sonha só”, porque sonhamos juntos; reconhecendo-me “chamada” a essa missão, porque era eu quem estava lá; não era o periquito, nem papagaio: era a Keyla! Sei que tem mais pessoas sonhando comigo e mais: sei que assim como eu, essas pessoas querem tornar esse sonho realidade!
            Já faz tempo que o sentimento “eu não posso mais parar” está comigo; de não poder mais voltar, pois o barco está em alto mar. E alguns questionamentos me permeavam: “Aonde será que isso vai dar, Senhor? Que caminho é esse que estamos percorrendo?” – No entanto, eram perguntas que me fizeram muito bem, porque pude confiar mais em Deus e deixar Ele me levar; não importa aonde isso vai me levar, pois estou com o Senhor. Não sei se já cheguei à outra margem, se estou perto ou no meio do caminho; ou se já estou até em atuação na outra margem. Só sei que disse, sim, e quero ser protagonista dessa história na missão evangelizadora. Bate um medinho porque a gente não sabe aonde isso vai dar, mas é normal. O medo só não pode paralisar...
            Os momentos de convívio foram importantes para acontecer o intercâmbio de idéias e informações. Lá estabelecemos redes também e conversamos sobre nossas obras. Deixamos nossos recados: no muro da escola (grafite), no futebol, nas artes circenses, a galera de ecologia que fez uma conscientização colocando o lixo no meio do caminho para atrapalhar a passagem (e a gente viu o quanto o lixo deixa tudo conturbado), no teatro, na música, enfim, ninguém deixou de participar.
            Tinha um pessoal que às vezes, ouvindo falar, eu sabia que não eram evangelizados nem tinham engajamento e estavam ali simplesmente por estar ou nem sabiam o que estavam fazendo. Aproveitaram para fazer amigos! Lamentável. Mas ao mesmo tempo eu ficava um pouco consolada por vê-los no evento ouvindo aquilo. Espero que eles não tenham deixado a graça de Deus passar e tenham tomado a melhor atitude dentro de suas vidas. Repito: saí de lá sabendo qual era (é) o meu lugar e a letra da música na ponta da língua: “Viemos de tantos lugares, trazemos tantas histórias (...). Falamos em tantos sotaques, brotamos tantos talentos. (...) Somos muitos, somos tantos, somos um. Tão especiais e um jeito tão comum. Diferentes tão iguais, sonhos planos ideais. Pés no chão, trabalho e garra. E paixão por essa farra, que é viveeeer!”
Um abraço a todos,
Keyla Goulart - Enc. 320ª ACVM - Rio de Janeiro!

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